Maria Helena finalmente vai a uma festa. Não uma tão legal quanto à dos seus pensamentos, mas nem por isso as coisas deixam de ser divertidas. Saia curta, blusa decotada, salto alto e maquiagem. Sente-se bonita, gostosa. A música é desagradável e o lugar também, só que isso pouco importa. Maria Helena nunca combina de se encontrar com alguém, sempre há algum conhecido e se não há dá-se um jeito. Além do mais, ela não quer conversar. A intenção é ficar louca, dançar freneticamente e ir pra casa satisfeita. Assim já seria perfeito. Maria Helena quer diversão livre e não precisa de ninguém pra isso.
Três da madrugada. Não encontrou nenhum conhecido e dança sozinha, num canto da pista. Ninguém se aproximou dela. Talvez ainda não tenham reparado em seus seios, ou em suas coxas. Deu um tempo na bebida, seu dinheiro é suficiente apenas para mais duas doses e o táxi. Duas doses, pouca merda. A satisfação é quase inatingível para Maria Helena quando restam apenas quatro dedos de uma bebida barata qualquer. “Se fosse um whisky fodido, aí sim!”. De repente sente sono. Ela pensa seriamente em ir pra casa. Mas não antes das duas doses.
Vai ao banheiro, a maquiagem tá borrada. Um cubículo, sem fechadura. Passa o lápis preto nos olhos. Alguém entra. Calça jeans, camisa branca, tênis. Um homem bonito, gostoso. Eles se olham, estão sozinhos dentro de um cubículo. “Oi.”, “oi.”. Ela não sai, decide ficar lá. Ele percebe, olha pra ela de um jeito sacana. Maria Helena sorri de um jeito sacana. Espera ansiosa por uma reação sacana. Ele não desaponta. Pega Maria pela cintura, dá um beijo em seu pescoço. Ela geme. A saia curta ajuda. Abaixa a calça jeans, e mete. Mete com vontade. Ela geme. Geme. Alguém tenta entrar no banheiro. Ele dá uma porrada na porta e gozam quase ao mesmo tempo. Pronto. Ele levanta a calça. Ela abaixa a saia. “Tchau”, “tchau”.
Maria Helena passa batom, urina e sai. A última dose desce muito gostosa. Vai embora pra casa, sente-se feliz. Deita na cama, olha pro teto. “A noite foi perfeita” e Maria Helena dorme como um anjo.
* Peguei emprestado a idéia de foda sem zíper do livro Medo de Voar, de Erica Jong. Segundo a autora uma foda sem zíper é "uma foda sem racionalização, porque não existe conversa nenhuma. A foda sem zíper é absolutamente pura. Acha-se livre de motivos posteriores. Não há disputa de forças. O homem não está 'tomando' e a mulher não está 'dando'. Ninguém está querendo cornear um marido ou humilhar uma esposa. Ninguém está tentando provar coisa nenhuma, ou tirar nada de ninguém. A foda sem zíper é a coisa mais pura que existe.".
Três da madrugada. Não encontrou nenhum conhecido e dança sozinha, num canto da pista. Ninguém se aproximou dela. Talvez ainda não tenham reparado em seus seios, ou em suas coxas. Deu um tempo na bebida, seu dinheiro é suficiente apenas para mais duas doses e o táxi. Duas doses, pouca merda. A satisfação é quase inatingível para Maria Helena quando restam apenas quatro dedos de uma bebida barata qualquer. “Se fosse um whisky fodido, aí sim!”. De repente sente sono. Ela pensa seriamente em ir pra casa. Mas não antes das duas doses.
Vai ao banheiro, a maquiagem tá borrada. Um cubículo, sem fechadura. Passa o lápis preto nos olhos. Alguém entra. Calça jeans, camisa branca, tênis. Um homem bonito, gostoso. Eles se olham, estão sozinhos dentro de um cubículo. “Oi.”, “oi.”. Ela não sai, decide ficar lá. Ele percebe, olha pra ela de um jeito sacana. Maria Helena sorri de um jeito sacana. Espera ansiosa por uma reação sacana. Ele não desaponta. Pega Maria pela cintura, dá um beijo em seu pescoço. Ela geme. A saia curta ajuda. Abaixa a calça jeans, e mete. Mete com vontade. Ela geme. Geme. Alguém tenta entrar no banheiro. Ele dá uma porrada na porta e gozam quase ao mesmo tempo. Pronto. Ele levanta a calça. Ela abaixa a saia. “Tchau”, “tchau”.
Maria Helena passa batom, urina e sai. A última dose desce muito gostosa. Vai embora pra casa, sente-se feliz. Deita na cama, olha pro teto. “A noite foi perfeita” e Maria Helena dorme como um anjo.
* Peguei emprestado a idéia de foda sem zíper do livro Medo de Voar, de Erica Jong. Segundo a autora uma foda sem zíper é "uma foda sem racionalização, porque não existe conversa nenhuma. A foda sem zíper é absolutamente pura. Acha-se livre de motivos posteriores. Não há disputa de forças. O homem não está 'tomando' e a mulher não está 'dando'. Ninguém está querendo cornear um marido ou humilhar uma esposa. Ninguém está tentando provar coisa nenhuma, ou tirar nada de ninguém. A foda sem zíper é a coisa mais pura que existe.".
16 comentários:
Santa maria eduarda, que chocante, mas, não era nefcessario explicar embaixo, o texto em si ja se explicava e bem
gostei do termo, foda sem zíper.
e imaginei tudo direitinho.
=*
a foda positivista. ahuahuahuaa.
é uma pena para a dona Erica Jong que permaneçamos criaturas morais.
Putz!
Vou começar a me "forçar" desse jeito p´ra ver se viro caralhona assim... :)
*Fiquei tão comovida pela tua... hum...digamos... cumplicidade, que me empolguei...
da um olho lah.
Beijok!
Que legal a Maria Helena, bicho. Apresenta ela para o Henry Chinaski.
Adorei Lu! Maria Helena ficou muito bem em ação! ;) Parabéns!
Dava para uma edição do faleido Bolseta de Mulher, quem sabe não resurge?
O melhor da Maria Helena é o risinho sacana. Consigo imaginar. Acho que o pratico de vez em quando. E gosto..
A Maria Helena é foda!
P.S:
Carol: Falecido Bolseta??
A Maria Helena podia reinaugurar o bolseta. Ela é uma personagem pauendurecente.
É assim??
Enfim...
O Ryzzan só quer saber de fazer polêmica, mesmo.
Ainda bem.
Agora, ele quer tirar as calças do Lincoln.
Como mulher raivosa, o Ryzzan quer comer um homem suave.
ai,ai...
Lu, tá lindo. Eu quase escrevo algo sobre o cara que comeu a Ma Helena, mas não quero me meter na foda dos outros.
Muito bom Luizete, mas acho que não precisas falar o que ou de onde veio a inspiração, saca? Acho que é o mesmo que uma pessoa, ao fim de um espetáculo teatral, explicar tudo o que pensou ao elaborar a peça ao invés de deixar o público viajar em suas interpretações.
Só o texto já deixa o leitor satisfeito. Não se preocupe tanto em fazer com que os outros te entendam :)
Égua!! Gostei da sua personagem, muito legal o seu teto Lú, muito bacana, continue, estou lendo, bjos!!
Lu, ainda não vi sua opinião...
...hahah, graças ao zíper as DST's não são tão populares.
Ou são?
Talvez todos tenham, o difícil é assumir.
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