sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Um breve diário

eu:

Senti saudades. De fazer exatamente isso, formular uma única frase e deixar as coisas fluírem. Eu escrevo assim, penso em um fragmento de situação e construo gradativamente a história. É legal, porque nunca sei onde meus textos vão parar. Eles acompanham meu estado de espírito no momento. Analiso minhas oscilações atraves da minha escrita. Talvez isso não seja uma novidade para quem escreve, acho que é comum a todos. Ou não?

a jutificativa:

Estagnação. Culpei a cidade por minha falta de criatividade. Para os leitores distantes, aqueles que não conhecem a "terra nunca", cujo apelido é muito conveniente, vai aí uma breve descrição: o lugar te suga e por isso aqui estão as pessoas mais corajosas, loucas, estranhas e más do país. A cidade foi esquecida, porque não somos aceitos, preferiram nos ignorar. Porém, a "Terra do nunca" tem um magnetismo do caralho, talvez pela capacidade que ela tem de fazer você se sentir esquecido. Contradição atrativa para qualquer ser humano que passe por aqui.

eu:

Meus contos são pesados e simplistas. Não tenho a menor convicção no meu possível talento. Mas me sinto à vontade quando escrevo.

o alívio:

Não se preocupem. Não farei do meu blog um diário. Foi só uma breve crise. A seguir vem um conto.

10 comentários:

Igor Reale disse...

Ah, que lindinho...Desculpa, luiza...Mas eu sou idiota demais para avaliar o texto( é um diario mesmo)...espero que tu escreva mais e mais e mais e mais e mais e mais e mais e mais e mais...

Não existe nada mais subversivo do que ver o pequeno polegar escrevendo contos sobre cigarros

Mayara La-Rocque. disse...

Mesmo que seja breve, mesmo que seja conto, mesmo que seja crise. Todas as condições revelam um estranho sentido.
Ou mesmo que seja para estar intrisecamente ligado a um quotidiano; ou mesmo que seja para fugir do que se faz presente num diário usual, tudo faz um estranho sentido descomunal.
Seja Bem vinda, novamente!

Anônimo disse...

Não se faz necessário muitos comentários sobre o texto... é só minha anunciação.

Mayara e Igor, uni-vos!

Anônimo disse...

Não se faz necessário muitos comentários sobre o texto... é só minha anunciação.

Mayara e Igor, uni-vos!

Luiza

julio miragaia disse...

mesmo não sendo necessário muitos comentários faço questão de dizer q fico feliz por teres voltado. e q desabafo hein?

Raoni Holanda disse...

ei, onde tu foi parar luiza? depois de ler este texto me senti esquecido e abandonado na "terra do nunca"

Anônimo disse...

Saudades de poucos que moram nessa terra.Que ao mesmo tempo é minha fonte, meu carregador (alias minha bateria esta ficando fraca), me causa tristeza.Mas isso é algo q você sabe como ninguém...

Ryzzan disse...

E o outro conto nunca veio...

Anônimo disse...

pq parou de escrever?

Murilo Kill disse...

Sinto saudades dos seus contos marginais!

devaneiosis.blogspot.com